Reciclagem no País gera R$ 12 bi ao ano e estreita parcerias entre empresas e cooperativas
Na data em que o planeta elegeu como o Dia Internacional da Reciclagem, o Brasil ganha seu papel de destaque na iniciativa de transformar o que seria apenas lixo em um negócio importante na redução de custos das empresas e gerador de empregos. Um mercado que movimenta R$ 12 bilhões ao ano.São 800 mil catadores no país, ainda que nem todos sejam são organizados.
Deste total, 60 mil estão integrados em associações e cooperativas, segundo dados do Compromisso
Empresarial para Reciclagem (Cempre).Embora pareça um número baixo, há uma evolução, diz André Vilhena, diretor-executivo da associação sem fins lucrativos dedicada à promoção da reciclagem.“Somos um país com uma Política Nacional de Resíduos Sólidos e isso, por si só, já é um grande avanço”, afirma Vilhena.
Algumas empresas já fazem há alguns anos o seu dever de casa e descobriram na reciclagem um caminho para melhorar processos.É o caso da Novelis do Brasil
“Há 25 anos decidimos adotar a reciclagem como estratégia e hoje 50% da produção nacional é reaproveitada”, conta Carlos Morais, diretor de Negócios de Reciclagem da Novelis para América do Sul. “A meta é alcançar 80% até 2020”, diz.
Para isso, a companhia investiu US$ 32 milhões numa segunda linha de reciclagem na planta de Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, de um total de US$ 300 milhões aplicados no país para ampliar a capacidade produtiva de 400 mil toneladas por ano de alumínio para 620 mil toneladas anuais.
“Atualmente, 75% do que sai como latinha vazia volta para a Novelis, o que representa em economia de energia 6% de tudo que é gerado por uma Itaipu”, compara Moralis. “Nesse processo, a coleta é fundamental e o catador é figura central nos resultados obtidos”.
Ele destaca, porém, que nas comemorações de hoje, é preciso lembrar que além de preço e qualidade atributos como a adoção da logística reversa precisam ser incluídos na hora de escolher um bem durável.