Estado.
O que chamou a atenção ainda, exemplificou a promotora, é a baixa resolutividade nos hospitais de Canguaretama, São José do Mipibu, João Câmara, Santo Antonio, Macaíba e São Paulo do Potengi, onde o repasse de recursos mensal chega a R$ 667 mil, mas só a folha de pessoal leva R$ 600 mil.
Para a 47ª promotora de Justiça Iara Pinheiro, o importante é que essa auditoria já tem um documento base, que é o relatório de um estudo denominado "Realidade da Rede Hospitalar da Sesap", apresentado na quarta-feira, 1º, na reunião plenária do Conselho Estadual de Saúde (CES), e que contou com o apoio da coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de defesa da Cidadania, Danielle Fernandes.
Iara Pinheiro disse que esse estudo "são informações numéricas", levantadas a partir da preocupação que o Ministério Público vinha tendo, desde 2008, com a transferência desenfreada de pacientes do interior do Rio Grande do Norte para o Hospital Walfredo Gurgel.
Segundo a promotora, a situação era tão absurda, que se chegou ao ponto de "ser transferido um morto de um hospital para o Walfredo Gurgel". Ela informou que o estudo levantou dados relativos a folha de pessoal das unidades de saúde, tendo como referência o mês de julho de 2011. Outros dados referenciados, como repasses de recursos e procedimentos realizados, de internação e ambulatorial, de janeiro a agosto do mesmo ano, enquanto o relatório foi elaborado entre outubro e dezembro do ano passado, "porque a gente não podia se dedicar a uma coisa só".
A promotora disse que não tinha um somatório dos total de recursos repassados às 23 unidades, mas informou que a manutenção "mas cara" é a do Hospital Walfredo Gurgel, que custa cerca de R$ 9,8 milhões por mês, "mas também é o que atende mais pacientes".
De acordo com o que foi levantado pelo MP-RN, a previsão de internações do Hospital Walfredo Gurgel nos primeiros oito meses do ano, era de 8.429, mas no fim desse período realizou 10.470 internações ou 124,2% em relação ao previsto. O que chamou mais a atenção, segundo a promotora, é de que a folha de pessoal na área de saúde é muito alta. E, inclusive, os dados sobre o número de profissionais existente no sistema de acompanhamento on line do Ministério da Saúde muitas vezes "não bate", e vice-versa, com os dados do Departamento de Recursos Humanos da Sesap.
Iara Pinheiro afirmou que outro problema "é dispersão geográfica dos hospitais regionais. Ela deu o exemplo do hospital de Caraúbas, que fica próximo a outras duas cidades da região Oeste que dispõe se hospitais regionais: Apodi e Mossoró. Ela disse que, embora tenha 30 leitos para internações, a maior dos procedimentos em Caraúbas é ambulatorial, como na maioria das unidades de saúde do interior.
Ela também citou os hospitais regionais de Acari, Currais Novos e Caicó, todos na região do Seridó, e até mesmo Assu, que dista 70 km de Mossoró e Angicos, que é distante 34,7 km de Assu: "Não faz sentido, um hospital regional a menos de 100 km de outro não se sustenta economicamente".
Iara Pinheiro disse que esse estudo "são informações numéricas", levantadas a partir da preocupação que o Ministério Público vinha tendo, desde 2008, com a transferência desenfreada de pacientes do interior do Rio Grande do Norte para o Hospital Walfredo Gurgel.
Segundo a promotora, a situação era tão absurda, que se chegou ao ponto de "ser transferido um morto de um hospital para o Walfredo Gurgel". Ela informou que o estudo levantou dados relativos a folha de pessoal das unidades de saúde, tendo como referência o mês de julho de 2011. Outros dados referenciados, como repasses de recursos e procedimentos realizados, de internação e ambulatorial, de janeiro a agosto do mesmo ano, enquanto o relatório foi elaborado entre outubro e dezembro do ano passado, "porque a gente não podia se dedicar a uma coisa só".
A promotora disse que não tinha um somatório dos total de recursos repassados às 23 unidades, mas informou que a manutenção "mas cara" é a do Hospital Walfredo Gurgel, que custa cerca de R$ 9,8 milhões por mês, "mas também é o que atende mais pacientes".
De acordo com o que foi levantado pelo MP-RN, a previsão de internações do Hospital Walfredo Gurgel nos primeiros oito meses do ano, era de 8.429, mas no fim desse período realizou 10.470 internações ou 124,2% em relação ao previsto. O que chamou mais a atenção, segundo a promotora, é de que a folha de pessoal na área de saúde é muito alta. E, inclusive, os dados sobre o número de profissionais existente no sistema de acompanhamento on line do Ministério da Saúde muitas vezes "não bate", e vice-versa, com os dados do Departamento de Recursos Humanos da Sesap.
Iara Pinheiro afirmou que outro problema "é dispersão geográfica dos hospitais regionais. Ela deu o exemplo do hospital de Caraúbas, que fica próximo a outras duas cidades da região Oeste que dispõe se hospitais regionais: Apodi e Mossoró. Ela disse que, embora tenha 30 leitos para internações, a maior dos procedimentos em Caraúbas é ambulatorial, como na maioria das unidades de saúde do interior.
Ela também citou os hospitais regionais de Acari, Currais Novos e Caicó, todos na região do Seridó, e até mesmo Assu, que dista 70 km de Mossoró e Angicos, que é distante 34,7 km de Assu: "Não faz sentido, um hospital regional a menos de 100 km de outro não se sustenta economicamente".