Márcio Brito, está impedido de entrar em suas terras

Proprietário da Fazenda Cachoeirinha, localizada às margens da Rodovia 203, que liga os municípios de São Paulo do Potengi a São Tomé, Márcio Brito, 41 anos, está impedido de entrar em suas terras desde que parte delas foi invadida por um grupo do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que montou no local o acampamento “Retomada Camponesa”, no dia 15 de maio.     Em contato com a TRIBUNA DO NORTE na manhã de sábado, 12, o fazendeiro afirmou que está sendo ameaçado pelos invasores e negou qualquer
afirmação de que a fazenda seria improdutiva e, por isso, deveria ser desapropriada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), conforme esperam os sem terras.

“Desde que eles entraram nas minhas terras e eu tentei impedir, estou sendo ameaçado. Já jogaram pedras no meu carro e agora não me deixam entrar lá. Sou ameaçado todas as vezes que me aproximo”, afirmou o fazendeiro, que acredita que boa parte dos invasores não é necessariamente de agricultores procurando por terras para plantar. “Ali tem donos de motéis, donos de oficinas, todos querendo ocupar minhas terras pelo fato delas serem próximas à cidade e da rodovia. Acredito que 90% das pessoas que invadiram a fazenda são aproveitadores”, acusou Márcio Brito.

O fazendeiro afirmou ainda que vê a fazenda ser depredada sem poder fazer nada. “Estão danificando ela toda. Quebraram cadeados, porteiras. Ali não tem sem-terra, só vândalos”. Para essas ameaças e depredações, Márcio Brito disse já ter contatado o comando-geral da Polícia Militar, para pedir auxílio e tentar resolver a situação. “Além disso, a Federação de Agricultura me disse que dará todo o apoio nessa situação”.