
MP quer troca imediata de sensores de Airbus da Air FranceO promotor Rodrigo Terra defende o estabelecimento de um cronograma e que, no prazo de seis meses, a troca dos componentes esteja concluída, sob pena de as companhias serem impedidas de voar.
As investigações vão girar em torno do possível risco de acidente, em conseqüência do mau funcionamento dos sensores, hipótese considerada no caso do Airbus da Air France que caiu no Atlântico com 228 pessoas a bordo.
A empresa fabricante do avião tinha conhecimento do defeito e havia recomendado a troca, que vem sendo feita de forma lenta, segundo o Ministério Público. Apesar de a Air France haver anunciado que vai substituir os sensores de todas as suas aeronaves, Rodrigo Terra considera importante que o MP atue para prevenir danos aos consumidores.
A assessoria da Air France informou que, desde a semana passada, está acelerando o processo de troca dos sensores, mas não tem a confirmação de quanto tempo demorará o processo.
Ontem, o sindicato de pilotos da Air France assegurou que pediu a seus associados que não voem enquanto a companhia não mudar os sensores de velocidade dos Airbus A330 e A340.
O acidenteO Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro no domingo (31), às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).
De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o vôo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.
Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.
A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília).
Redação Terra