Foi adiada pela terceira vez a instalação da CPI da Petrobras



Foi adiada pela terceira vez a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. Paulo Duque (PMDB-RJ), responsável por dirigir a reunião por ser o senador mais idoso do colegiado, apontou falta de quórum, mas franqueou a palavra aos demais presentes, todos da oposição.Compareceram à reunião de quarta-feira os senadores Alvaro Dias (PSDB-PR), Sérgio Guerra (PSDB-PE) e Antonio Carlos Júnior (DEM-BA), titulares da comissão, e o suplente Heráclito Fortes (DEM-PI). Também estavam presentes Romeu Tuma (PTB-SP) e José Agripino (DEM-RN), que não integram o colegiado. Alvaro Dias afirmou ter esperança de que, na próxima semana, a comissão seja instalada. Caso isso não aconteça, ele prometeu tomar as medidas cabíveis, podendo ir até ao Supremo Tribunal Federal como forma de preservar um direito da Minoria, a instalação da CPI. O senador lamentou o fato de o governo estar "usando pretextos", como a nomeação de Arthur Virgílio para o cargo de relator da CPI das ONGs, "para não dar quórum às reuniões e, assim, adiar a instalação da CPI da Petrobras". Alvaro sinalizou que seria possível a oposição pensar em abrir mão da relatoria da CPI das ONGs.– Não queremos continuar fornecendo qualquer pretexto que impeça o funcionamento da CPI da Petrobras – disse. Arthur Virgílio convocou a bancada oposicionista, incluindo os líderes do PSDB da Câmara dos Deputados, para discutir a situação em um almoço, às 13h, na próxima terça-feira. O líder do PSDB pediu que nenhum senador tome qualquer atitude individual enquanto isso, e que todos pensem em conjunto para encontrar uma solução que seja melhor para a oposição.– Devemos cobrar que as duas CPIs andem direito – frisou o senador.Sérgio Guerra afirmou que, neste governo, a interferência política na Petrobras cresceu e se tornou uma prática banalizada, especialmente em setores com grandes orçamentos.84815